12.31.2007

Melhores episódios do ano

2007 teve de tudo um pouco: a excelente estréia de Damages, a minha surpresa ao perceber que ainda existe televisão inteligente com Mad Men, o final de minhas queridas Gilmore Girls e The O.C., a ressurreição de Lost, 30 Rock estabelecendo-se como a melhor série da atualidade e minha decepção com Heroes, Dexter e Prison Break. Para coroar esse bom ano, só faltava mesmo colocarem um ponto final na greve, mas isso fica para o ano que vem.
A lista a seguir contém meus episódios favoritos do ano, com alguma breve justificativa, e que normalmente seguem o padrão que tanto gosto na televisão: introdução, desenvolvimento e conclusão na curta duração do episódio. Mas claro que muitas vezes eles são escolhido por serem peça-chave durante a temporada (como é o caso de alguns episódios finais).

Ver a lista completa 20. Gilmore Girls - "Bon Voyage"
Depois de uma temporada irregular, odiada por muitos, o final da série é na minha opinião perfeito. Depois de passar 7 anos ao lado das garotas Gilmore, é fácil imaginar o destino das duas. Em torno da festa para Rory (e, claro, para o final da série), Lorelai mantém-se firme dizendo que temos de aproveitar os últimos momentos, antes de pensar na inevitável despedida.

19. Skins - "The Last Episode"
Oh, wow! Um final de temporada com todos os elementos para ser ótimo: uma festa, uma separação e uma morte.

18. The Office - "Traveling Salesmen"
Mais uma vez investindo no relacionamento entre os funcionários, temos as divertidas vendas de Phyllis/Karen e Ryan/Stanley. Mas o destaque fica para a relação "fraterna" entre Dwight e Jim, principalmente o abraço no final.

17. Gilmore Girls - "Lorelai? Lorelai?"
Em mais uma excelente atuação de Lauren Graham (a atriz mais injustiçada dos último anos), Lorelai começa cantando no karaoke "I Will Always Love You" como uma homenagem irônica a Rory. Mas assim que Luke entra no bar, o tom muda e Lorelai canta com uma emoção indescritível.

16. Californication - "Filthy Lucre"
Coincidência que os roteiristas acertaram em cheio justamente quando Hank destravou seu bloqueio mental. Hank comprando o carro, metendo-se na briga do casal, indo escolher a guitarra com Becca, a conversa com Karen e tudo isso escrito com tiradas ótimas. Até a cena do Charlie foi interessante, mesmo que tivesse sido bem previsível.

15. Dexter - "It's Alive"
Quando temos um personagem que o espectador já conhece praticamente de trás pra frente, que mais poderia ser feito? Sim, distorcê-lo. E isso é feito de forma tão transparente que eu me senti realmente irritado o tempo inteiro que Dexter não conseguia saciar seu instinto de matar.
Essa irritação chegou ao limite quando ele deixou de matar justamente um cego. Mais previsível impossível. E depois de não conseguir matar Chino, cada cena passa a aumentar nossa aflição: o desespero de ter sido visto por Chino, a desconfiança de Rita e, finalmente, quando descobrem o seu depósito submarino de vítimas. Quando tudo parece perdido, Dexter age justamente ao contrário: ele está feliz por finalmente sentir-se vivo e estar perto de nós como nunca.

14. 30 Rock - "Rosemary's Baby"
Logo depois de Liz dizer que seu programa não pode ter humor racial, temos a hilariante cena da terapia, em que Jack/Alec Baldwin brilha ao interpretar toda a família de Tracy.

13. Heroes - "Company Man"
Talvez deveria até chamar de genial quem teve a idéia de desenvolver algum dos medíocres personagens de Heroes. Fazendo uso de flashbacks à Lost, o passado do personagem mais enigmático do seriado, Noah Bennet, é revelado.

12. Damages - "Because I Know Patty"
Com um final para amarrar todas as pontas e reafirmar o tema "não confie em ninguém", temos ainda uma reviravolta ao transfomarem Ellen na antagonista de Patty para a próxima temporada. Mal posso esperar por esse relacionamento.

11. Lost - "Through The Looking Glass"
O emocionante final de Charlie, desistindo de lutar contra seu destino, e o surpreendente final de Jack, num futuro deplorável. Mais uma vez Lost consegue ser brilhante ao subverter seu próprio formato, já um pouco estagnado.

10.
Mad Men
"The Wheel"





No último episódio da temporada, Don Draper está totalmente devastado pelas suas relações familiares e só consegue comunicar-se através de seu trabalho, fazendo a apresentação de sua vida para a máquina de slides da Kodak. A história de Betty chega ao climax ao usar seu psiquiatra para mandar a mensagem a Don. Excelente cliffhanger para uma excelente temporada.


9.
Damages
"Pilot"





Mesmo sendo apresentado a Patty Hewes como uma pessoa fria e com um desejo implacável por justiça, nada me preparava para descobrir toda a sua manipulação ao contratar Ellen. E depois da mensagem clara de que esse evento deve desencadear os acontecimentos narrados no futuro, só posso aplaudir a coragem em colocá-la como personagem principal.


8.
Friday Night Lights
"I Think We Should Have Sex"





A conversa franca entre Tami e Julie com certeza é o melhor texto sobre perder a virgindade em anos, principalmente quando Tami chora por ser zombada pela filha. Mostrando mais uma vez como a adolescência pode nos fazer de bobos, agindo por curiosidade ou às vezes muito mais pelo que os outros falam. Fico me perguntando como o casal Taylor nunca é indicado para prêmio algum depois da discussão entre acreditar na educação que deram à filha.


7.
Lost
"Flashes Before Your Eyes"





Numa história que envolvia o dilema entre viajar no tempo ou pura alucinação (somando-se às inúmeras discussões entre fé ou razão), Desmond é convencido que tudo parece pré-estabelecido em sua vida. Além de modificar um pouco a estrutura dos flashbacks, a revelação final foi a reviravolta que a temporada precisava para engrenar, colocando Charlie à beira do precipício.


6.
The Office
"The Job"





Na corrida pelo emprego na Companhia, Jim diz em sua entrevista o que The Office tem de tão especial: as amizades. E investir nas relações humanas dentro de um escritório chega a ser até irônico. Mas a personagem principal do episódio, foi Pam. Depois de toda sua transformação durante a temporada, ficando mais forte e corajosa, Pam não conseguia esconder como estava triste com a possível saída de Jim. Depois de todos os depoimentos, Jim volta e a convida para jantar. Então, Pam reage com um sorriso, mostrando que todos os seus depoimentos anteriores não valeram para nada.


5.
Skins
"Maxxie and Anwar"





Se eu encaro Skins como uma comédia britânica de situações na adolescência, esse episódio veio para provar exatamente isso. Mudando de cenário para uma hospedaria na Rússia, todas as personagens tem função fundamental nessa discussão de religião, cultura e sexualidade na adolescência. Tudo, claro, numa visão extremamente esteriotipada. O episódio conta ainda com a personagem mais engraçada do ano, a russa que aprendeu a falar inglês assistindo a Friends, fazendo diversas referências.


4.
Battlestar Galactica
"Crossroads Part 2"





O esperado julgamento de Gaius Baltar acaba sendo muito mais surpreendente pelo monólogo de quase 5 minutos de Lee Adama, contando sob sua ótica tudo o que cada personagem passou nos últimos 4 anos. Além disso, o cliffhanger revelando a identidade de mais cylons foi o mais surpreendente desde o final da primeira temporada. Só espero que a cena final não seja uma alusão de que Bob Dylan é o quinto cylon...


3.
Mad Men
"Nixon vs Kennedy"





Finalmente todo o passado de Don Draper é revelado e após ser chantageado por essas memórias, Don faz a única coisa que aprendeu na vida: tenta fugir. Mas depois de ser chamado de covarde por Rachel e reavaliar toda a situação, Don decide enfrentar Peter, num confronto bastante similar às eleições de 60, que ocorrem no mesmo dia. O resultado disso faz um interessante paralelo com a situação dos próprios americanos hoje em dia.


2.
30 Rock
"Greenzo"





Participando da campanha ambientalista do canal, Tina Fey mostra como transformar essa limitação em diversão. Além das críticas ácidas, principalmente para cima da própria GE, temos uma discussão sobre a persuasão e busca pela audiência. Para finalizar, tivemos a última festa de Kenneth, toda construída através de boatos e que acaba sendo mostrada em pequenos flashes dos seus embriagados participantes.


1.
Lost
"One of Us"





No seu segundo flashback em Lost, é difícil dizer qual foi a melhor cena de Juliet nesse episódio. Aliás, daria até uma enquete:
- seria ela depedindo-se da irmã?
- ou confrontando Ben em sua casa, jogando o copo longe?
- ou chorando ao ver que a irmã estava sã?
- ou jogando na cara todos os podres de James e Sayid?
- ou talvez a surpreendente cena final?

Surpreendente talvez seja até pouco. Depois de um momento sublime entre Jules e Jack, que realmente caiu direitinho nas graças da moça (e quem não cairia?), Jack conclui dizendo que o desejo dela de sair da ilha a faz um deles. E quando já estava até emocionado com essa cena, BAM!
Ela estava mancomunada. Ela sabia de tudo. Ela nos enganou o episódio inteiro.
Boas atuações, revelações, altas emoções e final surpreendente. Isso é tudo que preciso num episódio de televisão.

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