11.28.2007

Little boxes...

Weeds – Terceira Temporada

Depois do excelente final de sua segunda temporada, Weeds voltou para praticamente administrar a história de seus personagens. Mas numa temporada estendida de 15 episódios (incrível como essa idéia de esticar comédias nunca funciona) Weeds acabou perdendo-se em vários momentos.
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Além de criarem diversas tramas paralelas para manter seus personagens secundários ocupados, como Andy sendo recrutado para ir à "guerra" do Iraque ou aventurando-se nos bastidores de filmes pornô, Nancy acabou cruzando toda sua jornada praticamente sozinha encontrando novos personagens em seu caminho. Primeiro, libertou-se das amarras de U-Turn, mas não sem antes usar seu corpo para ganhar a confiança de Guillermo numa das negociações. Depois teve de enfrentar toda a investigação que envolvia a morte de Peter o que, claro, incluía a viúva #2. Essa para mim foi umas das únicas tramas essenciais e interessantes para Nancy, onde pela primeira vez ela questionou-se sobre essa jornada solitária, não só agora, como por toda sua vida. O grande problema disso foi que o personagem mais interessante daquela casa, Shane, acabou ignorado pela mãe durante toda a temporada, mesmo tendo chamado a atenção no final por ver/imaginar o espírito de seu pai. Já Silas, depois de ter batalhado em suas horas de trabalho voluntário, acabou envolvendo-se com a cristã vivida por Mary-Kate Olsen. Nunca entendi esse romance, sem química alguma, e só pode ser resultado dos eventos traumáticos da temporada anterior.

Ambientando tudo isso, tivemos a construção de Majestic, o condomínio de luxo ao lado de Agrestic, que incluiu a entrada de um dos personagens mais superficiais da série, Sullivan. É verdade que as brigas de poder entre Celia e Doug foram interessantes, mas toda essa história, que tentou dar um novo clima à cidade, acabou sendo fútil ao extremo. E Sullivan ainda acabou transando com Nancy e Celia...
Porém, como já era de se esperar, tudo voltou aos negócios. Heylia e Conrad plantando e Nancy sendo uma das distribuidoras. Tivemos finalmente uma resolução do romance entre Conrad e Nancy (ficando com outra sobra da Celia...), que como todos já sabiam não tinham nada em comum a não ser os negócios. E mais uma vez, depois de envolver-se com uma gangue de motoqueiros com uma erva de má qualidade, as atividades de Nancy e Heylia estiveram próximas de ser descobertas. Mas pedir ajuda outra vez ao bad guy é a constatação de que a jornada de Nancy nessa temporada não serviu para nada.
Foi uma temporada bastante irregular, com tantas tramas desnecessárias e uma Nancy danificada ao extremo, desde ter usado bastante seu "corpo" até quase ter matado Celia com uma faca em sua cozinha. Mas é incrível como minha simpatia a ela continuou a mesma, principalmente depois daquele momento em que ela mais uma vez diz a Judah (viu Hiro? É assim que se fala sozinho numa cena!) que ela fez o melhor que pode. Méritos, é claro, de Mary-Louise Parker.

A mudança de Agrestic/Majestic talvez seja estranha e analisando friamente, a não ser o fato de Celia ter incriminado Nancy, esse episódio final poderia até ser um 'Series Finale' tranquilamente. Só o tempo dirá quantos personagens serão "perdidos" nesse processo, o que talvez também seja um dos méritos desse final de temporada, quando ficamos sem saber se ainda teremos personagens bacanas como Doug, Celia e Heylia para nos divertir. Mas a verdade é que a série realmente já precisava de novos ares e Shane de mais atenção...

Foto: Showtime/Divulgação.

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