Studio 60 on the Sunset Strip havia sido uma de minhas apostas na temporada passada entre as séries estreantes. Juro que tentei ir ao máximo enquanto tinha tempo e disposição. Assisti, por exemplo, o ótimo episódio "The West Coast Delay", que na minha opinião foi um dos três melhores do ano passado (entre todas as séries). Mas acabei desistindo exatamente no episódio seguinte, "The Wrap Party", que além de ter três histórias chatas (apoiada nos coadjuvantes) ainda contava com a prepotência de Aaron Sorkin "incorporado" em Matt Albie, principalmente quando contrata o comediante negro sem-graça por concordar com uma espécie de cota racial no programa.
Tanto se falou da injustiça por terem cancelado Studio 60 on the Sunset Strip que resolvi dar mais uma chance agora que a Warner trouxe para o Brasil. E agora eu entendo perfeitamente porque cancelaram.
O episódio de hoje, "Nevada Day Pt.2", foi a conclusão da história começada na semana passada, do julgamento de Tom na cidade de Pahrump, tendo John Goodman como juiz. Aliás, foi por esse episódio que ele ganhou o EMMY de melhor ator convidado, e sim, foi merecido.
É medíocre como os roteiristas insistem na história da religiosidade de Harriet, contaminando os quadros e todos os outros personagens. Dessa vez foi sua homofobia, posicionando-se contrária à união entre homossexuais, que acabou prendendo Tom e causando um verdadeiro alvoroço em Studio 60. E no final, ela tenta justificar-se, dizendo que foi um mal-entendido e que sua última frase foi "Eu não sei". Como se nesse assunto ela pudesse ser imparcial...
Pior mesmo foi a explicação pífia para liberar Tom, que aparentemente recebeu a multa por alta velocidade para despedir-se do irmão que estava indo servir a nação. E toda essa explicação estava contida num simples bracelete. Dois episódios, com cenas descartáveis (como do comediante que não quer aguenta a pressão de apresentar um quadro do programa) e sketchs completamente sem graça (o que foi aquela piada da Visa?), para terminar num inexplicável mal-entendido.
Aliás, Studio 60 é um inexplicável mal-entendido. Começou como um drama, com situações de comédia, e depois de tentarem explorar exaustivamente o relacionamento de Matt e Harriet, virou praticamente um melodrama. É uma pena que Steve Webber seja o único que salve o elenco de coadjuvantes. Talvez por ele não ser um dos atores do programa ou, simplesmente, porque tenha o mínimo envolvimento na polêmica religiosa previsível que envolve a série.
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