9.27.2007

Sem polêmicas

Para quem esperava um show cheio de atos subversivos, Marilyn Manson resolveu chocar exatamente por não ser polêmico. O mais próximo que chegou disso foi o microfone em forma de faca que abriu o show, continuamente apontando a ponta para seu peito. Mas também, para conseguir polemizar depois de seus vídeos, de seus discursos de anti-Cristo e suas fantasias andróginas, só mesmo cantando sobre pássaros ou o pôr-do-Sol.
Nesse seu novo disco (Eat Me, Drink Me), Manson resolve dedicar seu amor a sua nova esposa e o que temos é um álbum pop-gótico bastante irregular. Claro que isso reflete no público, que não parece nada muito empolgado com as novas músicas. Para Manson também falta empolgação. No final do Medley de quase 8 minutos, que incluía 'Sweet Dreams' e 'Lunchbox', Manson parecia esgotado. Não é por menos, além de já ter abusado bastante de sua saúde (além de todas as vezes que não passou de boatos), Manson hoje já está perto de tornar-se quarentão.
O constraste que víamos entre o público, era evidente. Desde pessoas hoje longe da adolescência, que provavelmente acompanharam o apogeu de Manson, até os novos fãs que continuam aficcionados pela figura antiga do Manson trangressor. Para todos esses, relembrar os excelentes hinos, como 'The Dope Show' ou 'Beautiful People', já valeram a pena. Pelo resto, talvez nem tanto. Por ser um trabalho menos "teatral", o show também esteve mais contido e autoral. Nada contra, mas ver Manson usando seu óculo com luzes ainda é muito mais legal.
Mas talvez o que pareceu mais estranho foram os constantes contatos com o público. Momentos em que Manson controlava os gritos e tentava organizar a multidão. Quem diria, não?

Foto: e.fuzii

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